terça-feira, 29 de outubro de 2013

A noite é que as coisas realmente acontecem. É onde sentimos falta do que parecia vital. Mas quer saber? Se fosse tão vital eu já teria morrido. Tem coisas que são essenciais só por um momento.
O amor não deve ser o centro do universo e de toda minha vida.
Eu não quero morrer por alguém que não conseguiu me dar apenas o que queria: atenção.
Mesmo assim, estou morrendo.
Por dentro.

Eu tenho medo dessa dor me tornar menos dócil, menos sensível, menos eu.
Tento fingir que está tudo bem, que é só mais uma briga, que vamos voltar. Mas será mesmo?
Porque eu sempre dizia "o futuro à Deus pertence".
E é isso: o futuro pertence a Ele, e o que Ele quiser para mim, terei que aceitar, mesmo doendo tanto.

E hoje vou sair de casa assim: Um nó na garganta, um aperto no coração e um sorriso contraído.
Mas sobreviverei.

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